TRAMA: Base de Dados em História da Psicologia Jurídica no Brasil e Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança Pública Relacionadas à Juventude

Resumo da Pesquisa

A “TRAMA – Base de Dados em História da Psicologia Jurídica no Brasil e Políticas de Justiça Criminal e Segurança Pública Relacionadas à Juventude” é uma base de dados digital de conceitos e categorias de análise presentes no corpus teórico da psicologia jurídica brasileira e estudos da violência. Com ênfase na pesquisa histórica da produção nacional sobre psicologia jurídica, estudos da violência e políticas públicas de segurança relacionadas à juventude, a pesquisa forma um arquivo eletrônico de utilidade pública e acesso gratuito para busca na internet, no qual podem ser pesquisados conceitos e categorias de análise desenvolvidos no campo de estudos do crime e da violência, com especial recorte na psicologia jurídica e políticas públicas de segurança para a juventude. O arquivo conta com o verbete do conceito ou categoria de análise, seguido da transcrição de sua definição e a referência a/aos autor/es e obras em que pode ser encontrado. Trata-se de uma fonte de informação para pesquisas, podendo subsidiar pesquisadores desde a graduação e até a pós-graduação. O projeto tem potencial de articulação da psicologia com outras áreas do conhecimento, de forma a possibilitar aos docentes e discentes a ele vinculados a vivência não apenas do aprendizado em pesquisa, mas também da necessidade de interprofissionalidade para a compreensão do enfrentamento de temas complexos, a exemplo daqueles afetos ao estudo da violência. A base de dados resulta de projeto de pesquisa coordenado pela professora Juliana Ferreira da Silva e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Católica de Brasília.

Atividades Desenvolvidas

Coleta de dados

A coleta de dados é realizada por meio de pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa bibliográfica é conduzida mediante o estudo da produção acadêmica brasileira em psicologia jurídica, estudos da violência e políticas públicas de segurança relacionadas à juventude, tais como: livros, revistas acadêmicas, anais de congressos de criminologia, dentre outras publicações. A pesquisa documental tem como material de análise documentos jurídicos, médicos e psicológicos que apresentam e discutem a temática, a saber: pareceres (jurídicos, médicos, psicológicos), discursos e exposições de motivos apresentadas em legislação, dentre outras. A coleta de dados tem especial ênfase no período histórico 1930-1960, mas o levantamento buscou mapear desde as produções mais pioneiras no campo, tendo como escopo 1900 a 1960.

Para o desenvolvimento desta fase, foi feito o levantamento, digitalização e aquisição de fontes bibliográficas históricas relacionadas a estudos criminológicos brasileiros e latino-americanos. O levantamento foi feito em base de dados de bibliotecas públicas, assim como sites de vendas de livros raros ou circunstancialmente raros.

As bases de bibliotecas públicas utilizadas foram:

– Rede RVBI – Coordenada pela Biblioteca do Senado Federal, reúne acervo da Administração Pública Federal e do Governo do Distrito Federal, dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
– Base Minerva – Bibliotecas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
– Rede Sirius – Bibliotecas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
– Portal PBI – Bibliotecas da Universidade de São Paulo (USP)

A busca por livros raros ou circunstancialmente raros a serem utilizados como fontes históricas da pesquisa foi realizada no site Estante Virtual.

Foram utilizados como termos de busca “psicologia jurídica”, “psicologia criminal”, “psicologia legal”, “psicologia forense”, “psicologia criminológica” e “antropologia criminal” e suas variantes gráficas em língua portuguesa no período pesquisado (1900 a 1960), a saber: “psychologia jurídica”, “psychologia judiciária”, “psychologia criminal”, “psychologia criminal”.

O levantamento resultou na identificação de 81 obras, que foram catalogadas com uso do software Zotero. O programa foi utilizado por ser um software de uso livre e funcionar como um gerenciador de referências que possibilita a catalogação de dados bibliográficos e permite a criação de planilhas e arquivos PDF contendo o levantamento dos dados.

A pesquisa em sites de vendas de livros raros ou circunstancialmente raros (Estante Virtual) resultou na aquisição de 29 obras, dando início à formação de acervo próprio da base TRAMA: